segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A maior ilha do Brasil

O Pará explora muito pouco o turismo. E viajar por um lugar assim tem suas vantagens e desvantagens. Um dos lados ruins é a dificuldade para se chegar a algum lugar. Decidimos conhecer Marajó – por onde obviamente só se chega de barco. Ele saí de Belém às 6h e às 14h. Às 5h30 da manhã já estavamos no porto com 12 quilos na costas para comprar as passagens. O barco saiu quase lotado e tinha três pavimentos que balançam muito.

Depois de três horas de viagem, o pessoal vira bicho e saí pulando as janelas para pegar logo os ônibus ou vans que levam do porto em Camará até as principais cidades da Ilha, Soure e Salvaterra. Para chegar a Soure, pegamos o ônibus até a balsa, depois a balsa, depois outro ônibus, e depois caminhamos oito quadras com a mochila nas costas em um calor de 82ºC no sol a pino. O ônibus era uma aventura. Lotado com pessoas com sacolas enormes e gaiolas de tudo quanto era bicho.

Soure é uma cidade bem rural, mas considerada grande, para os termos Marajoara. Boa parte é asfaltada, cheia de mangueiras e cajueiros e bufalos passeiam nas ruas calmamente. A pousada Asa Branca era simples, mas acolhedora. Chuveiro eletrico não tinha, aliás, foram 11 dias sem saber o que era banho quente, mas com aquele calor todo nem precisava. O quarto tinha ar condicionado e esse era o maior luxo que queriamos. O restaurante era bom, oferecendo uma porção bem servida de Filé de Bufalo com queijo e água de coco bem gelada. Uma delicia!

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