terça-feira, 7 de julho de 2009

Carta aberta aos covardes

Dia desses, uma amiga disse “Já notou como suas histórias estão repetitivas?”. A história recorente a que se refere é conhecer um rapaz interessante numa balada, bar, ou amigo de amigo, sair com ele algumas vezes, ir a cinema, restaurante, tomar uns chopps, e depois, ao menor sinal de interesse meu, um sumiço ou afastamento repentino dele.

Notei que toda vez que estou em um grupo com mais de uma mulher solteira a minha história recorrente repete-se com elas também. Então li a “Carta aberta aos covardes” que Xico Sá escreveu. E ora, o problema não é meu, nem dessas mulheres com quem convivo, mas sim desses rascunhos de homens – uns FROUXOS e INDELICADOS. Abaixo está a carta que Xico pede a ajuda das amigas para divulgar aos homens.

“Amigos, chega dessa pasmaceira, chega dessa eterna covardia amorosa. Amigos, se vocês soubessem o que elas andam falando por aí. Horrores ao nosso respeito. O pior é que elas estão cobertas de razão. Caros, estamos sendo tachados simplesmente de frouxos, medrosos, ensaios de macho, rascunhos de homens, além de tolos, como quase sempre somos.

Prestem atenção, amigos, faz sentido o que elas dizem. A maioria de nós anda correndo delas diante do menor sinal de vínculo, diante da menor intimidade, logo após a primeira ou segunda manhã de sexo. O que é isso companheiros? Fugir à melhor das lutas?

Nem vou falar na clássica falta de educação do dia seguinte. Ora, mandem nem que seja uma mensagem de texto delicada, seus preguiçosos, seus ordinários. O que custa um telefonema gentil, queiramos ou não dar sequência à historia?!

Ora, depois daquela intimidade toda! Tudo bem que não mandemos flores, mas um mimo em palavra, nem que seja um lacônico: “Foi ótimo, noite linda!”.

Amigos, estamos errados quando pensamos que elas querem urgentemente nos levar ao altar ou juntar os trapos. Em muitas vezes, elas querem apenas o que nós também queremos: uma bela noitada! E, claro, delicadeza. (
disse tudo: DELICADEZA!!)

Sim, muitas querem um bom relacionamento, uma história com firmes laços afetivos. Primeiro que esse desejo é legítimo, lindo, está longe de ser um crime, e além do mais pode ser ótimo para todos nós.

Enquanto permanecermos com esse medinho de homem, nesse eterno e repetido “estou confuso” –“eu tô cafuso”, como dizia Didi Mocó!-, a vida passa e perdemos mil oportunidades de viver, no mínimo, bons momentos do gozo e felicidade possível. Afinal de contas para que estamos sobre a terra, apenas para morrer de trabalhar e enfartar com a final do campeonato?

Não há decepção maior no mundo do que a nossa covardia em fugir do que poderia representar os bons momentos da felicidade possível, repito, não a felicidade utópica, que é bem polêmica, mas a felicidade que escapa covardemente entre nossos dedos sujos de caneta Bic a toda hora. Acordemos, para Jesus, amigos homens, levanta-te e anda condenado!

Rapazes, o amor acaba, o amor acaba em qualquer esquina, de qualquer estação, depois do teatro, a qualquer momento, como dizia Paulo Mendes Campos, mas ter medo de enfrentá-lo é ir desta para a outra mascando o jiló do desprazer e da falta de apetite na vida. Falta de vergonha na cara e de se permitir ser chamado de homem para valer e de verdade”.

2 comentários:

Fábio disse...

Não se envolver por medo de sofrer depois é, definitivamente, o fim da picada. Eles não sabem o que estão perdendo. E Xico Sá é gênio!

Lena Dib disse...

Não sei se é só medo de sofrer. Tem o medo de estar preso também. Mas o q acho curioso, q é as mulheres estão sempre encarando esses riscos de peito aberto, né.