terça-feira, 15 de março de 2011

As rainhas do carnaval

Mulatas ou loiraças de corpos esculturais seminuas a frente da bateria, destaques em carros alegoricos, e passistas são sempre um famoso símbolo do carnaval. Mas há mulheres a frente não apenas da bateria, mas da escola inteira. Que me desculpem as musas, mas essas são as verdadeiras majestades do Carnaval.

Em São Paulo, duas das três principais escolas de samba são presididas por mulheres, Mocidade Alegre e Rosas de Ouro. Solange Bichara e Angelina Basilio são as rainhas que fazem o carnaval acontecer debaixo de chuva, com enchetes que destroem barracões, empolgando a bateria para que toquem com garra e capricho, os foliões para que cantem com vigor o samba da escola, lutando contra o tempo para as fantasias e alegorias ficarem prontas com o esmero necessário para encantar o juri e levantar o sambodromo.

Mulheres fortes, coloridas, energicas e alegres que gritam, vibram e não param um segundo até o fim do Carnaval para fazer sua escola brilhar e acumular titulos. No Rio, é a poderosa e destemida Regina Duran que arregaça as mangas para a Salgueiro fazer bonito todos os anos. E a Vila Isabel conquistou o quarto lugar esse ano com a inspiração de uma das poucas (até hoje) mulheres carnavalescas - Rosa Magalhães.

Porque se samba é um dom, o bom é poder ser o que você quiser: a colombina, a musa sarada e popozuda, a puxadora do samba, a que não é musa mas destrói na bateria, a porta-bandeira e até a comandante do espetáculo.

Solange da Mocidade
Angelina da Rosas

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