Em São Paulo, duas das três principais escolas de samba são presididas por mulheres, Mocidade Alegre e Rosas de Ouro. Solange Bichara e Angelina Basilio são as rainhas que fazem o carnaval acontecer debaixo de chuva, com enchetes que destroem barracões, empolgando a bateria para que toquem com garra e capricho, os foliões para que cantem com vigor o samba da escola, lutando contra o tempo para as fantasias e alegorias ficarem prontas com o esmero necessário para encantar o juri e levantar o sambodromo.
Mulheres fortes, coloridas, energicas e alegres que gritam, vibram e não param um segundo até o fim do Carnaval para fazer sua escola brilhar e acumular titulos. No Rio, é a poderosa e destemida Regina Duran que arregaça as mangas para a Salgueiro fazer bonito todos os anos. E a Vila Isabel conquistou o quarto lugar esse ano com a inspiração de uma das poucas (até hoje) mulheres carnavalescas - Rosa Magalhães.
Porque se samba é um dom, o bom é poder ser o que você quiser: a colombina, a musa sarada e popozuda, a puxadora do samba, a que não é musa mas destrói na bateria, a porta-bandeira e até a comandante do espetáculo.
Solange da Mocidade |
Angelina da Rosas |
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