segunda-feira, 4 de abril de 2011

Maria Borralheira


Saí do armário e assumo: gosto de BBB. Há 10 anos, eu fazia parte do coro que maldizia o programa e tamanha futilidade. Mas este ano, o primeiro em que o Big Brother veio acompanhado do Twitter e Facebook (a edição passada eu não assisti, porque estava fora do país), notei que o coro mudou o tom e agora torcia, comentava e ovacionava o programa. E se eu já espiava vez em quando, nessa edição, acompanhei e torci (por Maria e Daniel). A cauda longa deixou tudo mais interessante, ao me deixar espiar dentro da casa e a reação imediata dos “julgadores” dos brothers. Afinal, julgar é o grande apelo do programa, muito maior que a curiosidade de observá-los diariamente. E agora, a gente julga, vota e até influencia outros votos se quiser.

Eu achava as outras edições entediantes, odiava os barracos, e considerava os participantes irritantes, ogros, fakes e detestáveis. Até chegar essa edição em que eu gostei de vários deles: Talula, Diana, Daniel, Lucival, Wesley. Mas sobretudo, me encantei com Maria, a campeã. Ela é divertida, carismática, a ponto de não ser opção de voto de quase ninguém dentro da casa. E tão espontânea que parecia não estar jogando, ao se lixar se estava queimando seu filme frente a seus jurados de seu caráter, quando se arrastava de forma ridícula atrás de Maumau e quando ficou com o Wesley.

A Grazi, uma ex-BBB a qual simpatizo, ficou entre finalistas e também porque era espontânea, linda, bem-humorada, simples, leal e simpática. Grazi Massafera é a barbi gente boa – tudo que você quer ser (eu queria ser linda e comilona como ela). Mas a Maria não é o que eu quero ser, é boa parte do que eu sou. Porque, né, quem não diz besteiras e é zombada por isso? Quem não cantarola letras erradas? Quem não bebe e dá barraco? E principalmente, quem não vai atrás do cara errado só por pirraça e faz papel ridículo? Confesso que já fiz e que atire a primeira pedra quem nunca fez.

Mas ela fez melhor, porque virou o jogo. Gritou breaca “Quer, quer, não quer, tem quem queira”, pegou o seu filet loirão, e ficou milionária. Maria é boa parte do que sou e ainda tem tudo o que eu quero ter – um milhão e meio no bolso, ser adorada por todos, e com um médico filet, carinhoso, e gentil. Ah, Maria é a Cinderela que me traz esperanças.

Lá pela metade do programa, chegou a insuportável Adriana dizendo que Maria sairia no primeiro paredão, porque o público não gosta de quem fica com dois na casa. Chupa, sonsa. A gente adora, e gosta mesmo é de quem não pensa no que os outros vão pensar, sofre, se descabela, e se diverte.

Um comentário:

pululante disse...

também fiquei só amor pela Maria :)