quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Presente de Natal

Ainda não caiu a ficha que o Natal taí. Não comprei presentes para quase ninguém, coisa que adoro fazer. Não escolhi a receita de doce que vou inventar na ceia, nem decidi onde passar o Ano Novo.
Natal acho sempre um pouco triste, principalmente se meu pai não vem. E ele não deve vir esse ano. Mas Ano Novo, eu adoro. Além dos fogos de artificio (que pareço criança admirada com aquela beleza), gosto de pensar que de um dia pro outro posso escrever outra história, fazer novos planos, tudo será diferente, terei uma nova chance, conhecerei novas coisas, pessoas, lugares. E essa virada de 2006/2007 promete ter mudanças mesmo. Pelo menos, será a primeira vez, desde os seis anos, que minhas férias não tem data para acabar. Era para eu comemorar, eu sei, mas não consigo.
Se Papai Noel existisse e eu ainda tivesse idade para ser atendida por ele, pediria de presente que ele não mudasse mais nada, porque tô morrendo de medo das mudanças e das despedidas. E esse fim de ano, tá cheio de despedidas e eu não queria perder nada (embora ainda quissesse ganhar presentes surpresas de vez em quando). Quando eu tinha cinco anos, ganhei uma boneca linda, grande e que dava beijos. Inesquecível, a Beijoca. Se alguém me perguntasse se eu trocaria ela por mais um milhão de briquendos eu diria que não. Eu reclamo, reclamo, reclamo de tudo, mas não mudaria nada.

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