quinta-feira, 12 de julho de 2007

Cantanda

Amos Oz, o escritor israelense que participou da Flip 2007, compara o processo de criação de um livro a velha e boa cantanda. Quando o escritor se depara com a folha em branco, em que tem que começar a escrever, sente a mesma insegurança como se tivesse que conquistar uma moça bonita em um café ou bar. É a conquista do leitor(a).

No ato, tem de falar algo inteligente, para alguém que não conhece nada sobre você, e que talvez nem queira conhecer. A primeira frase tem de ser interessante o suficiente para que a moça bonita do café ou a leitora tenha vontade de continuar a ouvi-lo. Se fracassar, a bela sairá andando, sem nem olhar para ele, ou largará o seu livro na primeira página.

As escritoras devem perder muito conhecimento por ficar em uma posição confortável de não ter que elaborar boas cantandas aos moços bonitos dos cafés. Acho que vou passar a canta-los.

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho que vou passar a frequentar mais bares e cafés.

Francine Barbosa disse...

Ah, eu canto...

...em pensamento, rsrsrs...

porque sou covarde hahahaha!!!

Treina assim