segunda-feira, 2 de julho de 2007

Por acaso

Por acaso, encontro alguém parecido com o Pedro Matos no metrô. A gente já tinha sido apresentado, até tomamos umas cervejas com amigos em comum. Eu aceno de dentro do trem. Ele, na plataforma, demora para me reconhecer. Chega até a porta e diz "vem". Eu salto na estação que não é a minha, depois do sinal de fechar das portas.

Tenho alguns minutos com ele até o próximo trem chegar. Alguns minutos em que ele iria olhar só pra mim. Ai meu deus, o que faço nesses minutos, olhando nos olhos dele. Não sei, não sei.

- Onde está indo?
- Vou tomar uma cerveja com uns amigos.
(me leva?)
- Vou ao teatro.
- Sozinha?
- Com uma amiga
(Tem duas horas? Tem o coração livre? Eu tenho, viu? Ai, esses olhos pretinhos assim!)
- E tá tudo bem?
(que droga essa frase começa a se repetir e não temos nada pra falar)
O trem chega.
- Então tchau.
Abraço (hmm, cheiroso)
- A gente precisa combinar outros chopps, aquele foi muito rápido
- É precisamos, respondo
(pra quê? Para falarmos nada? Mas bem que eu torci para outros acasos me fazerem ver os olhos pretinhos do Pedro Matos de novo, mesmo sem saber o que falar quando olho pra eles. Acho que vou tentar o msn. É mais tranqüilo)

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