segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Turning points

A redação proposta no curso de inglês dessa semana é contar um "turning point" em sua vida, aquele momento tão especial, que se não tivesse ocorrido, sua vida seria outra. Não sei se é o tédio que ando tendo da vida, mas não consigo lembrar de nada. Acho que minha vida nunca teve um "turning point".

A vida sempre seguiu conforme o previsto. Ainda não encontrei a paixão que transformou minha vida, nunca mudei nem de bairro, me formei na profissão que sempre sonhei (desde criança), na faculdade que quis, sem muito esforço para passar no vestibular. O emprego veio como consequência e embora hoje, eu adoro o que faço, quando ingressei não era exatamente o emprego dos meus sonhos. E com os quais sonhei, eu tentei algumas vezes sem sucesso, logo não posso me arrepender.

Devo admitir que a vida vem sendo generosa comigo: vizinhos cordiais, amigos sinceros, uma ou outra paixão pelo caminho, vida social divertida, família carinhosa, dinheiro suficiente no bolso, não conheci grandes insucessos, tristezas, doenças, lutos. Até meus tropeções foram brandos. A vida seguiu, sem me surpreender, sem sequer me oferecer possibilidades de arrependimentos, e eu fui deixando ela me levar.

A construção pedida na redação "If I hadn't done something, I would have been someone different"...eu não consigo escrever. Parece que minha vida foi programada na maternidade. Se eu fosse um "Trumann" (do filme o Show de Trumann), meu roteirista certamente estaria em greve e a audiência seria um fracasso.

Um comentário:

Francine Barbosa disse...

Teve aquele momento que vc pensou "e se eu não fizesse jornalismo?" e não mudou de idéia, eu acho que isso é um turning point.

Acho que nossa época valoriza muito o "jogar tudo pro alto". Eu acho que você está construindo uma estrada, que está ficando muito bonita aliás. E confesso que tenho um pouquinho de inveja de você por isso. Acho que minha vida não passa de um "ligue os pontos" (com poucos pontos e que até agora não formaram figura nenhuma, rs... Mas sei lá, arte abstrata também tem seu charme né?)

bjos