terça-feira, 13 de dezembro de 2011

E foi então que eu descobri


Uma colega bateu o carro. Coisa à toa, sem danos a ela, e apenas uns arranhões de leve na lataria. Mas é sempre aquela situação desagradável. Essa situação simples e cotidiana simbolizou o fim de seu casamento. Justo naquela hora, quando se tem vontade de ligar para alguém, que te oriente, que te socorra, ou ao menos que te escute e deixe você despejar sua irritação, pois justo naquela hora ela não ligou para o marido. Ligou para o amante. Pimba. Deu-se conta que o amante já era muito mais que seu parceiro de cama, era seu amparo, o primeiro grito que lhe vem à boca, tal qual uma criança pediria a mãe de imediato quando tropeça.

Dias atrás fui assaltada na porta de casa. Mal se configura um assalto já que os pivetes não estavam armados e eu não tinha dinheiro. Nada grave, além do susto. E pimba, liguei para ele. Contei para ele o acontecido e ao desligar, lembrei da história dessa colega e conclui que bem, ele já era muito para mim.

Um comentário:

Bel disse...

Mas é muita fofura! Estou muito feliz por você ter ligado para "ele", e acho que todos deveriam ter para quem ligar em momentos como este...