terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Um amor conquistado

Encontrei um amor e não é qualquer amor. É o maior que eu já vi, o maior que eu poderia ver. Um homem que sabe que sou um quati, e me ama como tal. Mais do que isso, ele me deixa ser quati, me quer como quati. Não pede para que eu seja um cachorro, não me ama como a um cachorro, não passeia comigo como um homem com o seu cão, mas com orgulho de ter o seu quati. E deixar-me ser quati é não adulterar a minha essência para seu uso, é deixar com a maior liberdade que eu poderia ter. Ser eu.

Não sei ter tão sábio amor. As vezes, não aceito sua situação de quati também. Quero andar com ele, como um homem com seu cão. Um dia, ele vai notar que não é cão. Um dia ele vai me abandonar. Mas, peço que me perdoe, pois ainda hei de aprender a amar sabiamente.

Um comentário:

Francine Barbosa disse...

Lindo, lindo...e forte. Muito "Milena", sabe? rs...Não conhecia esse texto da Clarice, tô tonta até agora. Beijos pra vc>