segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Fazenda dos sonhos




Em Marajó, o transporte principal é o mototaxi. Dois motoqueiros nos levaram até a Fazenda São Jeronimo – no caminho muitas casinhas de sapé (todas com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré na porta) e árvores carregadas.

Na Fazenda, fizemos uma trilha acompanhada de Seu Brito, o proprietário. Homem simples, mas um dos mais inteligentes que já conversei na vida. Ele é politizado, tem três faculdades e trabalhou na marinha por pelo menos 30 anos. Aposentou-se e em vez de gastar suas economias comprando um bom apartamento no Rio de Janeiro, adquiriu por R$ 400 mil a bela fazenda onde nasceu. Lá montou um hotel fazenda e vive na maior paz.

O lugar é lindo e foi usado como cenário para uma das versões do programa No Limite da Globo. Seu Jeronimo cobrou apenas R$5 mil da emissora, um valor simbólico, em troca do marketing que ganharia. Acho que não ganhou muito, Marajó é bem desconhecida pelos turistas.

Depois de uma trilha acompanhada de bufalos, pegamos um caminho construído por Seu Brito feito com três bambus e açaíceiro que passa por dentro do majestoso mangue. Só vendo a foto para acreditar. O lugar é enorme, com mangueiros (árvore do mangue, não tem nada a ver com a manga) que tem raízes com o dobro do tamanho de um homem. Parecia cenário de filme de fantasia. Ao final da trilha um presente de tirar o folêgo: 12 km de praia deserta. Você jura que é mar, mas ao mergulhar percebe que a água é doce e turva. É rio misturado com mar. Uma riqueza tipicamente Marajoara.

4 comentários:

Francine Barbosa disse...

Adorei Mi! Acho que eu teria gostado dessa parte da viagem, se tivesse teletransporte, rs...

Aguardo a etapa de Manaus.

beijão!

Unknown disse...

Que viagem absurda de boa!

Deu muita vontade de viajar...

Anônimo disse...

Muito bom o relato de viagem!

Anônimo disse...

Que fotos lindas! Estou me deliciando com os relatos da viagem. Tem mais, tem mais? :)

O post de que mais gostei foi o primeiro, "Diário de Viagem", que começa com a letra de Herbert Vianna e termina com um texto que mostra como a viagem fez bem a você. Que bom, Mi! Tô louco pra saber as novidades pessoalmente, viu?

Bem-vinda de volta. Já era hora!