quinta-feira, 2 de abril de 2009

Diploma de jornalismo e reserva de mercado

Talvez eu, como portadora de um diploma de jornalismo (aquele pedaço de papel que eu ainda não fui buscar na faculdade), devesse concordar com a Fenaj para reservar o mercado para mim e meus colegas. Mas acredito que a reserva de mercado deva ser feita perante a competência, o que não é garantido por faculdade alguma.

Ao contrário do que o Sindicato argumenta, acredito que sem o diploma obrigatório, a qualidade dos profissionais das redações aumenta. Isso porque se a competição pela vaga de jornalista for maior, meu empenho deverá ser ainda maior, o que acarretará numa melhora da qualidade do profissional. Sem a reserva de mercado, a faculdade de jornalismo terá de oferecer um curso ainda melhor para garantir que apenas os diplomados conquistem os trabalhos.

Jornalismo é um ofício, não é uma ciência como medicina, nem uma técnica precisa como a engenharia. Como toda a profissão tem suas técnicas e artimanhas, que podem ser adquiridas na faculdade, mas principalmente, durante o exercício da profissão. Obrigar que um jornalista tenha diploma cairia para mim no mesmo absurdo de não se permitir que um dono de pastelaria possa gerir seu negócio por falta de diploma em Administração de Empresas. Ambas as profissões são ofícios, que estão em transformação contínua, para melhor atender ao seu público, seja ele o consumidor de pastel ou de informação.

Um comentário:

Fábio disse...

Assino embaixo! Aliás, se o Sindicato é a favor da obrigatoriedade do diploma, é mais um bom motivo para eu ser contra.

;)