terça-feira, 23 de junho de 2009

Não criemos pânico

Na semana passada, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram que diploma de jornalismo não é obrigatório para o exercício da profissão. (Já comentei aqui, aqui, aqui e aqui).
O que acabou foi obrigatoriedade do diploma, isto é, a reserva de mercado, não acabou a necessidade de formação do jornalista. Os cursos de graduação e pós-graduação continuam a existir nos Estados Unidos, Alemanha e outros países que não exigem diploma. O mesmo deve ocorrer no Brasil.

Nenhum curso será fechado ou perderá sua validade, porque o que sempre valeu foi o conhecimento que a academia oferece, tal qual numa faculdade de administração. Qualquer um pode ser empresário sem a exigência de diploma, mas é claro que a faculdade ajuda muito a conhecer técnicas e caminhos para ser um melhor administrador.

Quem estudar mais, praticar mais, se aprofundar mais se sairá melhor sempre. E aposto que as empresas jornalistícas irão preferir os mais bem preparados - só que agora com a vantagem de poder encontrá-los em diversos cursos.

Um comentário:

Fábio disse...

Agora virou moda pegar no pé do Gilmar Mendes, graças ao populismo barato do Joaquim Barbosa naquela já célebre sessão do STF, mas o tribunal decidiu, mais uma vez, de forma precisa, coerente, justa e bem fundamentada, sobre uma questão bastante polêmica.

E, desta vez, a "bronca" dos defensores do diploma não deve cair só em cima do Gilmar, né: o placar foi de NOVE VOTOS A UM em favor da queda da obrigatoriedade do diploma! Só o Marco Aurélio Mello, para variar, votou contra.

Sempre fui, mesmo antes de entrar na faculdade de jornalismo, radicalmente contra a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão. Além do mais, nunca é demais comemorar quando uma lei criada pela ditadura deixa de valer, né? O ato que tornou o diploma de jornalista obrigatório é de... 1969! Isso a turma xiita anti-Gilmar Mendes não gosta de lembrar, né?